DESPERTAR
Chegar à rua de casa
Dirigir um carro
Esperar um ônibus
Ver a van passar
Olhar imagens correndo... paradas
Ver a vida vivendo,
Persistir numa ocasião falida
Porque o coração não sabe esperar
Viajar em sorrisos
Querer o que não se tem
Fazer o contrário
Tentar entender o que isso significa
Ficar parado,
Pensar no tempo...
O cotidiano,
O inverso disso
A rotina,
A fuga do igual,
O desespero... Algo incompreensível
Uma poesia em movimento,
Um momento
Apenas... Um vasto e incompreensível
Momento,
Desconcertante, inalterado, alterante
Sempre igual...
Carregando uma interrogação nos ombros.
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Extraído do livro: BUQUÊ SUBULATA, disponível para download na seção e-livros.