PORRE!

PORRE!

Hoje quero tomar todos,
Embebedar-me de poemas,
Mesmo que não sejam
Os teus
Os meus
Os nossos um para o outro...
Que venham os versos quaisquer!
Os bons e os sem qualidade.
As palavras tortas, torpes.
As melosas e as geniais.

Hoje estou como grã-fino bêbado:
Encostado no balcão de quinta,
Camisa descomposta,
Tomando rabo-de-galo,
Talagadas de pinga vagabunda.

O que lhe (me) interessa é o porre!

Pra esquecer...
Só pra esquecer...