Uma Lenda de ti
Sua Lua sangra desejos pulsantes
Insólitas asas pálidas
Entre os dentes prateados
Seu vestido negro
Suas luzes de cristais intocáveis
Seu perfume de aroma incógnito
E seus dedos frescos de ar
Paisagem imortalizada por amantes
Deusa dos olhos serpentes
Raposa de corpo ninfal
Oscilante de vertigens raras
Seguidora dos rastros e últimos hálitos das copas
Pra ti fiz versos de fogo, lágrimas, prazer
Inebriei taças e taças de infinito
Labiei tuas ilusões férteis
E me deixei persuadir pelo trivial de ti
Deixei enlouqueceu e delirar
E então perdi teu seio em um amanhecer
Minha lembrança de nós fez-se um beijo e nada mais
E criei poesias – pra criarem lendas de ti...