SABOR DE MAÇÃ

Deitado na cama

Repentinamente me volta

Lembranças de outrora

De tempos longínquos

Eu entre falésias a ti possuir

Nótula sempre viva em mim

Ao alvorecer do dia posterior.

Tresnoite prazerosa

Ao raiar o sol

Na areia molhada

Dois corpos seminus

Sedentos, suados,

Quentes, cansados,

Quase sem forças.

A dormir profundamente

Num silêncio sôfrego.

O orvalho a cair

Ofegância afã

Ânsia a sufocar

Âmago dilacerante

Gosto inconfundível

Sabor de fruta

Maçã do amor

Gosto de rancor

Overdose de martírio e torpor.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 12/01/2012
Código do texto: T3436707
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.