Chuva de Ouro
Chovia gotas de ouro.
Não molhavam e não se secavam.
Permaneciam...
Embelezava.
Chovia pingos de ouro.
Não limpavam e não sujavam.
Ficavam...
Ressaltava.
Chovia contas de ouro.
Não tumultuavam e não esvaziavam.
Eternizavam...
Iluminava.
Chovia lágrimas de ouro.
Não entristeciam e não deprimiam.
Divinizavam...
Alegrava.
Era o Ipê,
que sugando
a riqueza da terra,
florescia pétalas douradas.
Toda copa ficava
como sublime auréola
coroada.
Passava a brisa
invejosa
fazendo o Ipê
chover.
Para o Poeta era um banho
de amarelo.
Para os transeuntes quaisquer,
Simples espetáculo.
L.L. Bcena, 10/07/2000
POEMA 674 – CADERNO DOS ANJOS.