Em companhia
No ponto...em ponto,
sem atraso,
nem muita antecipação!
Com passos apertados,
chegando,
Outros, já sentados,
Muitos em pé,
Outros nem aí...
Lá vem,
Alguém estende o polegar,
Na ansiedade de embarcar
No antigo ônibus circular.
Uma Senhora com a criança no colo,
pra lá e pra cá,
num balançar suave e sereno--
pobre pequeno--
não pára de chorar!
Ao lado, um cachorro esgueiro, deitado com suas orelhas caídas,
Coça aqui, coça ali...
parecendo tocar um violão mudo!
Pára o antigo volvo apressado,
já com suas portas escancaradas,
e parte logo, com o último passageiro ainda na porta.
Sobrou apenas o cachorro violeiro e...
eu.
.
.
.
-pensando na situação!