"BEBER POESIA"
Numa quimérica montanha
Que quem olha se deslumbra
De uma cacimba ressumbra
Uma água muito estranha
Quem, mentalmente, acompanha
Essa fantástica corrente
Agraciado se sente
E exclama com alegria:
Vamos beber poesia
Na cacimba do Repente!
Vamos esquecer catimba,
Desunião e disputa
Vamos adentrar a gruta
Mostrando nossa tarimba
Vamos beber na cacimba
Uma água diferente,
Misteriosa e latente,
Mas que quem bebe aprecia
Vamos beber poesia
Na cacimba do Repente.
Mote da poetisa Clóris Andrade.
Glosa do poeta Vicente Reinaldo.
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