Tiradentes
É Tiradentes,
cidade logo ali
de mineiro
(uai!),
Máquina do Tempo:
o relógio retrocede;
o tempo pára;
os ponteiros são preguiçosos.
Lentamente retrocede-se
E
Vê-se no passado.
A ampulheta não se afina
com o presente.
A História é o Presente!
Teima-se em voltar
na Era das Confidências
do Inconfidente colonial.
As pedras das calçadas
(pé – de – moleque)
querem falar.
As paredes das casas
(oratórios e santuários)
querem contar.
As Igrejas
(matrizes e capelas)
são testemunhas.
A paisagem denuncia
(derrama dos impostos)
os sonhos vividos
por aqueles que tramavam um quê de ideal,
por querer deixar de serem súditos
para serem cidadãos das Minas
(devassada por Portugal)
dos Estados Gerais.
L.L. Bcena, 17/07/2000
POEMA 671 – CADERNO DOS ANJOS.