Tiradentes

É Tiradentes,

cidade logo ali

de mineiro

(uai!),

Máquina do Tempo:

o relógio retrocede;

o tempo pára;

os ponteiros são preguiçosos.

Lentamente retrocede-se

E

Vê-se no passado.

A ampulheta não se afina

com o presente.

A História é o Presente!

Teima-se em voltar

na Era das Confidências

do Inconfidente colonial.

As pedras das calçadas

(pé – de – moleque)

querem falar.

As paredes das casas

(oratórios e santuários)

querem contar.

As Igrejas

(matrizes e capelas)

são testemunhas.

A paisagem denuncia

(derrama dos impostos)

os sonhos vividos

por aqueles que tramavam um quê de ideal,

por querer deixar de serem súditos

para serem cidadãos das Minas

(devassada por Portugal)

dos Estados Gerais.

L.L. Bcena, 17/07/2000

POEMA 671 – CADERNO DOS ANJOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 10/01/2012
Código do texto: T3432642
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