PERDI A VIAGEM

Nossa! Isto não é matagal e sim floresta!

A quantidade de mato aqui é enorme!

Mas o que fazer se a profecia me atesta

Em acordar a linda princesa que dorme.

Todo o reino está nos braços do Morfeu

Junto com a princesa de longínquo sono,

Por isso que neste reinado o mato cresceu

Tanto, dando-lhe a imagem do abandono.

Até que enfim. Cheguei ao meu destino.

Todos os obstáculos postos estão findos.

Com um beijo a minha missão eu termino;

Casarei com a princesa e terei filhos lindos.

Agora o “sacrifício”. Acordar com beijo a beldade

E acabar de vez com essa terrível maldição.

O que eu estou vendo?! Não pode ser verdade!

Nossa Senhora! Livra-me desta terrível situação!

Assim que acabei de beijar a linda princesa

Eu estava com uma ânsia extraordinária.

A mesma acordou, porém toda sua beleza

Fora cobrada com juros e correção monetária

Pelo tempo. Afinal foram (o quê) uns cem anos

Que a princesa passou em seu confortável leito,

O que acontece com todos os seres humanos

Também aconteceu a princesa, não teve jeito.

A pele da ex-beldade ficou bastante enrugada

Os sedosos cabelos caíram e sua boca murchou

A princesa parecia com uma criatura mumificada

Do antigo Egito que a história universal registrou.

A roupa dela perdera o luxo, parecia maltrapilho...

Confesso que o contexto causou-me grande pavor,

A princesa me olhava desapontada, olhar sem brilho,

Consoante uma personagem de um filme de terror.

Sinto decepcioná-lo, meu príncipe corajoso e valente,

Como pode ver a maldição foi comigo bem sacana.

Obrigada de coração, mas volte já para a sua gente

Sou um pé na cova e a vida já me deu uma banana.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 10/01/2012
Código do texto: T3432586