Seguro

Euna Britto de Oliveira

Site de Poesia: www.euna.com.br

Nos Bancos, não se pode entrar com metais.

Nos aviões, além da proibição de metais

Na bagagem de mão,

A interdição é para líquidos também.

O oxigênio é indispensável à vida.

Além de gasosa,

A segurança é sólida

E é líquida...

O que liquida a segurança

É a paz em guerra.

Quando a paz entra em guerra,

É um inferno!...

Mas quando a guerra entra em paz,

É um princípio de céu...

Tudo depende da luz

Que ilumina o momento!

Ou da treva

Que nubla o casamento

Da Vida, que é mulher, com o

Mundo, que é homem!

—“Boa viagem!” – dizem os agentes de Viagem

—"Viagem boa!" – dizem os turistas,

Depois de uma temporada em Samoa.

Quanto a Lisboa,

“Libertas quae sera tamen...”

Pra passear, Lisboa é boa!

Deve ser boa também pra morar, pra namorar...

Não posso saber, com certeza,

Nunca experienciei nada disso lá.

Por que saíram de lá

Tantos de nossos

Antepassados?...

Os primeiros

Aqui chegaram

Exatamente a Porto

Seguro...

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 11/01/2007
Código do texto: T343142