"UMA MANCHETE, NADA MAIS"

Na calada da noite sombria

Um longo eco se ouviu,

Estampido seco de uma arma,

Em seguida, um barulho: um corpo caiu.

Duas imagens sombreadas

São notadas após o ocorrido:

Alguém no desespero em fuga;

Outro, no abandono e despedida.

O primeiro na ação do ato praticado

Por discórdia, roubo ou vingança;

O segundo foi a ação consumada

Projetando-se em sua nova escalada.

O certo é que agora Vê:

- na vida – mais um desgraçado...

- na morte – mais uma alma penada...

- nos jornais: ‘uma manchete... nada mais’...

(ARO. 1974)

Profaro
Enviado por Profaro em 09/01/2012
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