"UMA MANCHETE, NADA MAIS"
Na calada da noite sombria
Um longo eco se ouviu,
Estampido seco de uma arma,
Em seguida, um barulho: um corpo caiu.
Duas imagens sombreadas
São notadas após o ocorrido:
Alguém no desespero em fuga;
Outro, no abandono e despedida.
O primeiro na ação do ato praticado
Por discórdia, roubo ou vingança;
O segundo foi a ação consumada
Projetando-se em sua nova escalada.
O certo é que agora Vê:
- na vida – mais um desgraçado...
- na morte – mais uma alma penada...
- nos jornais: ‘uma manchete... nada mais’...
(ARO. 1974)