O JANTAR
Por que flores, agora,
se o silêncio é de pedra
e a câmara da memória
está escura?
Pálido de outonos,
o tempo, fumaça
esvaindo em pequeninos goles.
Velas acesas
são estrelas turvas,
o cálice e os dedos.
– Do livro O SÓTÃO DO MISTÉRIO. Porto Alegre: Sul-Americana, 1992, p. 38.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/343105