O ENCONTRO
Certa noite eu repousava
Após o trabalho do dia
No repousa eu sonhava
Com alguém que aparecia
Era um sonho somente
Mas eu fiquei curioso
Pois recebi de repente
Um convitinho ditoso
Alguém que no recinto
Me formulou um convite
Digo a verdade não minto
Peço também que acredite
Naquele simples convite
Pediu-me não rejeitar
Dizendo: apenas medite
Certamente vai gostar
Fiquei calado, não reagi,
Esperei o finalmente
Foi ai que eu percebi
O que fala nossa mente
Tratava-se de um encontro
Em um local da cidade
Um encontro que, no entanto...
Do qual eu teria saudade
Foi oportuno o convite
E eu não pude resistir
Mas quem então resiste
Um convite para sair?
Ir a uma sorveteria
Ou mesmo a um jantar
Seria grande covardia
Alguém então rejeitar
Um encontro formidável
Um papo muito atraente
Podendo ser renovável
Isto na vida da gente
Confesso que tenho saudade
Daqueles belos momentos
Que para falar a verdade
Não me saem do pensamento
Foi um papo agradável
Que espero se repetir
Aquela criatura amável
Trouxe alegria para mim
Era um amor proibido
Mas devia continuar
Somos comprometidos
Mas coisa boa é amar
Os encontros disfarçados
Surgiram sem alvoroço
Ficando sempre marcados
Para a hora do almoço
Mas todo cuidado é pouco
Para este amor ser mantido
Pois o amor deixa louco
Mesmo sendo proibido
Ela era bela e sensual
Um astro muito atraente
Confesso não há igual
Ela não me sai da mente
Mas eu fiquei revoltado
Quando de fato acordei
Não vi ninguém ao meu lado
E só na saudade fiquei
Todo sonho é mentiroso
É uma utopia somente
Que durante o repouso
Revela o que está na mente