O ENCONTRO

Certa noite eu repousava

Após o trabalho do dia

No repousa eu sonhava

Com alguém que aparecia

Era um sonho somente

Mas eu fiquei curioso

Pois recebi de repente

Um convitinho ditoso

Alguém que no recinto

Me formulou um convite

Digo a verdade não minto

Peço também que acredite

Naquele simples convite

Pediu-me não rejeitar

Dizendo: apenas medite

Certamente vai gostar

Fiquei calado, não reagi,

Esperei o finalmente

Foi ai que eu percebi

O que fala nossa mente

Tratava-se de um encontro

Em um local da cidade

Um encontro que, no entanto...

Do qual eu teria saudade

Foi oportuno o convite

E eu não pude resistir

Mas quem então resiste

Um convite para sair?

Ir a uma sorveteria

Ou mesmo a um jantar

Seria grande covardia

Alguém então rejeitar

Um encontro formidável

Um papo muito atraente

Podendo ser renovável

Isto na vida da gente

Confesso que tenho saudade

Daqueles belos momentos

Que para falar a verdade

Não me saem do pensamento

Foi um papo agradável

Que espero se repetir

Aquela criatura amável

Trouxe alegria para mim

Era um amor proibido

Mas devia continuar

Somos comprometidos

Mas coisa boa é amar

Os encontros disfarçados

Surgiram sem alvoroço

Ficando sempre marcados

Para a hora do almoço

Mas todo cuidado é pouco

Para este amor ser mantido

Pois o amor deixa louco

Mesmo sendo proibido

Ela era bela e sensual

Um astro muito atraente

Confesso não há igual

Ela não me sai da mente

Mas eu fiquei revoltado

Quando de fato acordei

Não vi ninguém ao meu lado

E só na saudade fiquei

Todo sonho é mentiroso

É uma utopia somente

Que durante o repouso

Revela o que está na mente

Luís Gonçalves
Enviado por Luís Gonçalves em 09/01/2012
Reeditado em 17/01/2012
Código do texto: T3430455