Entardecer
...às dezoito horas...
Horas sublimes.
Etéreas.
Brumas e plúmbeas.
O céu desce à terra.
Fecundação
Sedução.
O dia se despede saudando a noite
que vem vestida de prata.
Amantes condenados:
enquanto um é,
o outro não pode ser.
A abóbada celeste,
antes azul,
torna-se rosa-fogo
e depois
manto veludo negro.
Breve brisa,
doce aragem,
vento que passeia
tocando as folhas
e flores da jardineira.
POESIA.
Toca a minha face
dando-me um gélido beijo.
Uma gota de melancolia
com admiração.
Passa-se o dia,
chega-se a noite.
Mais um,
Menos outro.
Quase agonia verdadeira.
HIPOTERMIA.
L.L. Bcena, 08/07/2000
POEMA 695 – CADERNO DOS ANJOS.