REDENÇÃO

Deixe que eu caia com todos meus pecados,

Que o vento me arraste sem dó pela estrada,

Deixe que a noite me enrole em manto embolorados,

Que a manhã me lamba a cara ensanguentada.

Assim eu posso representar na vida o último ato

Dessa comédia fria sem os hilários risos da plateia.

Sou uma simples atriz assinando um velho contrato

O contrato velho do abandono da mísera atriz plebeia.

Deixe que eu puxe a cortina. Só quero ver

O publico levantando e ter coragem de aplaudir

Essa palhaça muito tola que antes de morrer

Pensa que entrou de férias, cujo descanso é dormir.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 08/01/2012
Reeditado em 08/01/2012
Código do texto: T3429570