Um lenço de adeus
Quando a partida serena anunciada
Vier fechar meus olhos progressivamente,
Queria ouvir a chuva de pranto
Cair sobre meus cabelos docemente.
Mas logo que o sol me esconda
Por baixo da lua sonhada
Não quero mais que a tua nívea face
Se sinta pelas lágrimas banhada...
Como lembrança apenas quero, que vás
Depor no topo da montanha em noites de luar,
Em vez de um ramo de puros jasmins,
A suave carícia de um olhar...
Mas se a dor não puder acalmar
Neste contínuo viver entre abrolhos,
Rasgarei em lenços a minha alma
E com meiguice enxugarei teus olhos!...
Diana Enriquez
(Brisa Solitária)
(Brisa Solitária)