A MINHA MÃO...

A minha mão não aprendeu

a tecer versos para a posteridade.

O sonho da laranjeira sedenta

é que o céu chore chuva;

o meu é que Deus tenha

posto açúcar nesta uva!

Deitarei sem pressa nesta ponta

de primavera; vou me levantar

somente quando cair sobre

o meu corpo folhas

coradas de outono!

A minha mão não aprendeu, ainda,

a tecer versos para a posteridade!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 07/01/2012
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