Casas que rolam
Um serrote lá na serra
Deixou sobra sem sombra
Sem saber o sabiá
Derrubou tanta madeira
Mas não fez uma esteira
Para a terra não arriar
E de tanto espaço aberto
Tanto bicho, de fado incerto
Mudanças de hábito de fato
Não tem coruja para o rato
Nem tem cobra para o chão
Não desce mais ali o gavião
Fonte, que nunca teve ponte
Agora ela tem suas seqüelas
Árvores caídas são pinguelas
Madeira deitada no horizonte
Ela que com aquela água floria
Com esta água ela apodrecia
A árvore que arvorava o ninho
Da madeira fizeram armarinho
Armaram lá um condomínio
Da fauna tomaram o domínio
A serra cobrando seu convento
Leva a casa em deslizamento