GUARDIÔES DA FLORESTA

Passam as horas...

O sol declina no horizonte.

A brisa é calma e suave...

Às margens de uma fonte,

Um seringueiro cansado

Faz uma pausa para se refazer!

A noite vem...

E a linda lua aparece atrás do monte...

Pálida... Serena... Misteriosa... Cativante,

E há um silêncio de paz...

E no céu um belo resplandecer!

Os pássaros já se recolheram...

Muitos voltaram aos seus ninhos...

Aquecem suas crias, ninam seus filhinhos,

A noite chegou!... Como é belo viver!

Outros animais já partiram em busca do sustento

Em um árduo lavor, sem chorar, sem lamento,

Nessa estranha rotina... De lutar... De vencer!

Os pirilampos estão todos em festa...

Espalham brilho no meio da floresta,

Que, iluminada, parece renascer.

Há, naquele homem, um só pensamento:

Árvores preservadas... Fartura de alimento,

Sem ódio... Sem guerra... Ele não quer sofrer!

Chega a madrugada...

E um lindo arrebol

Prepara o cenário para um novo dia...

Em meio à mata virgem é grande a alegria!

As abelhinhas partem e lutam pelo mel...

Um canarinho lindo parece um menestrel,

Avisando ao mundo que a luta continua!

O velho seringueiro ergue as mãos aos céus...

E numa sincera prece ele agradece a Deus...

Segue o seu destino. Sabe que a luta é sua!

Caminha solitário... E se põe a cismar:

Que bela é a floresta... Quem dera ali ficar!

É difícil acreditar que vai morar na rua!...

A nossa prece de amor e agradecimento a Chico Mendes, Irmã Dorothy Stang, Maria do Espírito Santo, João Cláudio Ribeiro da Silva e a tantos outros homens e mulheres, verdadeiros heróis e heroínas que simplesmente por lutar e sonhar com um mundo melhor, foram covardemente assassinados, nesta guerra hedionda que enluta o nosso País, envergonha e entristece o povo brasileiro).

(Poema editado em 12/06/2011 em Talentos)

Maria do Socorro Domingos dos Santos Silva

Mariamaria JPessoa Pb
Enviado por Mariamaria JPessoa Pb em 06/01/2012
Código do texto: T3425939