Ausências
Passei tanto tempo, a imaginar
Um amor impossível
Tantas noites em claro
Na ânsia de um beijo
A me perturbar...
Madrugadas inteiras
A prosear com mim mesmo
Num mate tão solito
E lembranças, guardadas pra sempre
A nunca mais lembrar.
Mas depois deste beijo,
Quando tu vais embora
Ainda aperta em meu peito
A ausência de uma paixão
E a saudade de ti...
Não consigo esconder esta dor
Que eu trago no peito
Esta falta de alguém...
Esta falta de amor
Esta falta de ti...
Há se meu peito parasse um dia
De chorar ausências
E se a poesia
Tivesse no fim
Um “final feliz”.
Talvez a saudade, me deixasse quieto
Neste mate tão solito
P’ra sorver minhas mágoas,
Junto com tuas águas,
E as coisas que eu fiz...