Ingênua Loucura


No entardecer da minha vida
Neste meu viver tornei me só
Numa dor latente, aguda e voraz
Morrendo pouco a pouco
Como uma planta sem água

Na fertilidade dos sonhos
Navego nas asas da ilusão
Cantando as letras do coração
Versos que penso,
que estou sempre a sentir

Vôo livre, liberto, sem restrições
Um paraíso que criei
Vidas, amores, afetos, sonhos
Pedaços de mim
Que o vento não levou

No limiar do equilíbrio e da razão
Esqueço o amanhã, quem sou?
Em minha ingênua loucura
Simplesmente não existo