Da poesia.

 

Sou tomada da necessidade

de acovadar-me e esconder-me

mergulhada nas tintas,

no grafite que morre comigo

espalhado no papel

 

Na ordenação que meu cérebro

em comando constante da razão

então descanse

 

Em minha conduta imprópria

em que digo impropérios tantos

e amaldiçõo e sou aço e forja

de duras sensações

 

Da delicadeza expressa do

peito que alimenta e do peito

que tece uma prece como renda

e trama assim as incertezas

de inícios e de fins

de olhos avidos e de cegueira

numa aventura por vezes tão

desventurosa quanto inócua

noutras despertando outros dimensões...

 

É só o que sei da poesia bruta

maltrapilha, reles que me faz

poeta

que me faz Senhora

a hora em que bem quer

 

 

Cristhina Rangel.

 

 

 

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 06/01/2012
Código do texto: T3424893
Classificação de conteúdo: seguro