Da poesia.
Sou tomada da necessidade
de acovadar-me e esconder-me
mergulhada nas tintas,
no grafite que morre comigo
espalhado no papel
Na ordenação que meu cérebro
em comando constante da razão
então descanse
Em minha conduta imprópria
em que digo impropérios tantos
e amaldiçõo e sou aço e forja
de duras sensações
Da delicadeza expressa do
peito que alimenta e do peito
que tece uma prece como renda
e trama assim as incertezas
de inícios e de fins
de olhos avidos e de cegueira
numa aventura por vezes tão
desventurosa quanto inócua
noutras despertando outros dimensões...
É só o que sei da poesia bruta
maltrapilha, reles que me faz
poeta
que me faz Senhora
a hora em que bem quer
Cristhina Rangel.