Um lamento solitário
 
Um corpo de mil versos
por vestir
 
A nudez de gestos vagarosos
e toques suaves de mil sílabas
 
Da tua ausência transparente
entre os dedos
regresso à suspensão dos dias
como quase um abandono
das estações
 
As palavras de azul quase branco
no peito dos amantes
e quem te espera nas margens
do rosto
há-de esperar.
 
Dos verbos demoras
morrendo em cada porto de propósito
 
Dos dias por trás do mar
 
Talvez a sede de sal e manhãs
na angústia do poema.
 
 
Diana Enriquez
(Brisa Solitária)
 
Brisa Solitaria
Enviado por Brisa Solitaria em 05/01/2012
Código do texto: T3424556
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