RETRATO FINAL OU INICIAL...
Na planície deserta árvores ressequidas
contemplam o horizonte sem cor,
depois que a névoa radioativa invadiu os espaços
não sobrou muita coisa para se ver.
As almas dos viajantes se foram e não voltarão,
animais desapareceram e aves não voarão por aqui
por um bom tempo, o que ainda voa é o vento
gemendo uma canção sem acompanhamento.
Os que não acreditavam no pesadelo
foram varridos sem choro, sem despedidas,
o poder da bomba em sua magnitude
contra o despreparo e a fragilidade da vida.
_
_
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Numa gruta úmida soterrada pelos destroços
uma larva sente que é chegado o momento,
desperta, alonga-se em seu cristalino invólucro
e na terra devastada a vida, ensaia um movimento.
Na planície deserta árvores ressequidas
contemplam o horizonte sem cor,
depois que a névoa radioativa invadiu os espaços
não sobrou muita coisa para se ver.
As almas dos viajantes se foram e não voltarão,
animais desapareceram e aves não voarão por aqui
por um bom tempo, o que ainda voa é o vento
gemendo uma canção sem acompanhamento.
Os que não acreditavam no pesadelo
foram varridos sem choro, sem despedidas,
o poder da bomba em sua magnitude
contra o despreparo e a fragilidade da vida.
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Numa gruta úmida soterrada pelos destroços
uma larva sente que é chegado o momento,
desperta, alonga-se em seu cristalino invólucro
e na terra devastada a vida, ensaia um movimento.