É assim, que assim é

É na pinta da onça que o chumbo rebate

É na volta da curva que a reta começa

É na contradição que edito essa fala

É na rede do tempo que enrosco o desejo.

É na salva de tiros que descubro o herói

É na ponta da lança que a caça desaba

É do ontem no hoje, que o amanhã recomeça

É na pressa de tudo que destoa o querer.

É na troca da farpa que a ferida se abre

É na deixa do amargo que o doce anuncia

É na onda do mar que a maré se levanta

É na perda do amor que a dor não acaba.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 04/01/2012
Reeditado em 23/07/2015
Código do texto: T3422708
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