IMPROVISO
Eu vou-me embora,
e num poema inacabado,
deixo um verso, um postulado,
qualquer coisa de amor.
Não sei a hora,
nem estou me despedindo.
Estou só me precavendo,
porque o tempo não espera,
se de repente leva a gente sem aviso,
não quero que no improviso
fique um poema qualquer.
Quero um poema, que seja um acalanto,
dos que quando falo encanto,
teus anseios de mulher.
Saulo Campos - Itabira MG.