Assez vif

O céu inventou a queda,

Imitando a farsa da vida.

Onde moram deuses de nuvens brancas,

Onde desaparecem as orações adormecidas.

O mesmo céu que o viu nascer,

Fecha as portas para sua ira,

De criança tola temente ao pai,

Incendiário anjo suicida.

Preso ao fim de todas as mãos,

Está a morte que silencia a vida,

Essa que se arroja intempestiva,

No veneno das palavras abolidas.

Invente a feiura e o desprezo,

E eu inventarei a mentira.

Para tornar bela sua dor sem fim,

E divina a sua agonia.