Seu Sabor em Mim
Aquele gosto que eu nuca mais senti,
A sensação que eu já nem mais lembrava,
O sangue quente que começa fluir
E de repente o mundo inteiro acaba.
Fazia tempo, muito tempo
Que eu não sabia o que era.
Fiquei preso entre o Inferno e a Terra,
Mas ontem me lembrei do paraíso.
Como pode ser tão pecaminoso isso?
As pernas ainda bambas,
A mente um pouco alucinada.
Muito melhor que uma noite inteira de samba
É ficar parado com o carro na estrada.
Ainda sinto o cheiro em mim,
Tem pele, tem sangue, tem cor.
Há tempos que não era assim,
Parece que o meu “eu” ressuscitou.
Formosa como um jarro Marajó,
Bela com o sol do amanhecer,
Sabe o que tem de melhor
E sabe me fazer enlouquecer.
Melhor que qualquer droga,
Me alucina e me liberta,
Abre milhões de portas
Só de me prender entre as pernas.
Arrepio? Ah, isso é pouco caso.
Não dá tempo, antes disso eu me acabo.
Eu fico louco ao ver você se derreter,
Sinto seu gosto pelo meu corpo escorrer.
Eu não sei quanto tempo isso vai durar,
É você quem deve saber da sua capacidade de matar.
Walter Vieira da Rocha
03 de janeiro de 2012 às 13:50h