VOZES QUE EU OUÇO

A alma do poeta fecunda

nas corolas das flores.

Pensa no vôo singular

do beija-flor. Néctares...

Houvesse nos átomos

do mal que abunda

excrescência de rima, cores...

A alma do poeta cresce

descortinando a amplidão.

A epopéia alada de Ícaro

verseja anelo que acontece

de auscultar o cosmos,

oscular a alva,

inflar de asas...

A alma do poeta vive

no peito de amor florescido.

No requinte de alcovas,

suspiro lânguido, livre.

Inebriante sentido,

corpo aquecido.

Arrulhos de rolas.

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 03/01/2012
Reeditado em 25/05/2018
Código do texto: T3419779
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.