Como aquela eterna noite de inverno
Como uma noite que não para de gear.
Contando os minutos
Os segundo que não te vejo
O mundo parece correr lentamente
Diminuto.
Parar.
Não posso dizer-te a cor do mais azul oceano
Atlântico ou pacífico,
Graficar o verde
Topázio ocidental
De um topázio.
Amarelo, brilhante e transparente.
Não poderei jamais desenhar todos os meus desejos
No fundo do teu coração
Para dizer-te o quanto te amo.
Não poderei jamais descrever a dor
Desde aquele dia
Te perdi…
E ao mesmo tempo me perdi
Não poderei jamais descrever
O mundo que desejo se não está aqui
Para que eu possa através dos teus olhos
Arquitetá-lo
Não existirão Palavras
Nem sons
Nem símbolos
Para descrever
A sensação labiríntica
Na minha alma
Tentando viver
Se acostumar sem ti
Sorriso imerso
Olheiras profundas
Dias transcorridos numa lentidão
Imaginária sem sentido
Comparada com a embriaguez de um bêbado
Fazendo-o compor belas canções
Para descrever seu amor
Me sinto como aquele embriagado
Dias depois de uma perda fatal
Dormi bêbado e acorda bêbado
Ressaca por cima de ressaca
Acende e apaga cigarro
Entre o oceano ou o mar?
E ti
Acordei dentro do estado sonolento
Dos acontecimentos e descobri
Que sonhei
Todas as palavras
Que descrevem a ausência
A falta que tu me fazes
Não importa onde esteja
Em qualquer lugar
Sempre,
Te levarei comigo
Qualquer céu que veja
Verei através dos olhos teus
Assim, poderei sentir
A tua presença viva ao lado meu
Em qualquer lugar que esteja
Não existirá fim
Não temerei dizer Adeus
Continuaremos existindo
Existiremos por uma Fusão
Da tatuagem dos teus olhos no meu coração
Simbolizando aquela lágrima desenxavida
Nos fundo da minha pupila
Desencadeada por uma difícil despedida
Por uma eternidade
Assim não poderei sentir
A tua ausência
A falta que tu me fazes
Em qualquer lugar
Em qualquer mar
Em qualquer oceano
Te portarei comigo
Para que nao seja, emfim,
Como aquela eterna noite de inverno
sem ti