Rosa carmesim
Qual intenso carmesim
Farfalhando com o vento
É mais vivo o jardim
Que desfruta teu ungüento
Qual beleza prazenteira
Desta rosa tão faceira
A cativar todo delírio,
És motivo do idílio
D’aurora que despeja
O cantar sobre teu ser,
Pois o lume do lampejo
Surge por detrás d’outeiro
Para ver resplandecer
O encanto que em ti mora.
Divindade és tu senhora,
Bosquejada em perfeição,
És as notas da canção
Que sibila devagar,
Brado deste marulhar,
És o sôfrego de verão.
Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2011.