[Des]Conforto da Alma - I

As praças estão cheias

De bancos, velhos e pombos

Mas falta um grito!

As ruas com seu trânsito

De carros, motos e pedestres

As faixas foram rasgadas

Os prédios continuam intocáveis

Com seus muros e grades

Os sprays hoje são raros

As escolas e seus alunos

Que aprendem a tabuada

E desaprendem tantas coisas

Em suas salas e laboratórios

De biologia e informática

Criam-se futuros cidadãos

Com seus livros caros

Estudam nossa história

Mas esquecem de fazê-la

Todas as crianças vão à escola

Diminuem, assim, o analfabetismo

Mas não o político

São apenas soldados

Servindo a um exército falido

Onde os generais são escolhidos

Pelos próprios soldados

Mas eles, os generais, sabem

Que esse exército é ocioso

Não gostam de mudanças

Preferem assim viver

Venderam o seu pensamento

Em troca da ‘liberdade de pensar’

Há quem não note

E aqueles que preferem não ver

Mas as prisões estão por toda parte

Reprimindo qualquer ação

Engaiolando sonhos

Mas as ideias

Não morrem

Continuam

Vivas e...

Perigosas!

Luiz Luz
Enviado por Luiz Luz em 02/01/2012
Reeditado em 09/01/2012
Código do texto: T3418173
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