Que me perdoem os leitores
Que me perdoem os leitores,
Mas meus poemas não são...
Endereçados a ninguém... ...,
Faço-os para mim e somente
À mim surtem efeitos. meus só
Meus são meus poemas, não
Querem exatamente falar da
Maneira que me sinto quando
Os componho, às vezes finjo;
Sim, sou um fingidor, por vezes
Nem sinto o que componho...
Sigo apenas o maior mestre do
Fingimento: Fernando, a grande
Pessoa.
Todavia existem vezes que de fato
Escrevo o que sinto, o que me muda,
Me desloca. Mas realmente não faço
Pensando nos aplausos e elogios de
Meus leitores. Só quero lançar isso
Que não entendo como arte, mas como
Algo que me dar vontade de expulsar
De mim.
Mais uma vez: que me perdoem
Os que me lêem! Pode ser que haja
Alguma poesia que eu tenha feito
Ou faça pensando em vocês, mas
Hoje, afirmo que todas as minhas
Poesias são muito minhas...se há
Alguma arte que ainda pode fugir
Dessa mercadologia maldita que
Fizeram da arte é a poesia, porque
O poesta re-cria, cria e re-cria de
Novo com o aval de todos e pode
Falar do que quer, seja ele um poeta
Técnico, seja ele um Bukowski.
Por derradeiro, mais uma e última vez:
Me desculpem a rudeza, queridos
Leitores. Jamais deixarei de agradecer
Suas leituras e por conseguinte seus
Garbosos comentários, mas que, eu
Escrevo para mim, só para mim...