CONTRA-MÃO
Do verso não se sabe a rima,
perdeu-se nas palavras,
um suspiro derradeiro
ante a fonte da inspração.
O verso é um quase nada,
palavras emaranhadas,
sobram lamúrias, tantos ais...
falta a essência na criação.
A essência não cabe no verso,
ele está de revés...
não expressa a contento,
parco intérprete na tradução.
Traduzir o verso em sua essência,
bebendo na fonte da inspiração,
é interpretar palavras colhidas
suspiradas, emeranhadas... Que contra-mão!