CONTRA-MÃO

Do verso não se sabe a rima,

perdeu-se nas palavras,

um suspiro derradeiro

ante a fonte da inspração.

O verso é um quase nada,

palavras emaranhadas,

sobram lamúrias, tantos ais...

falta a essência na criação.

A essência não cabe no verso,

ele está de revés...

não expressa a contento,

parco intérprete na tradução.

Traduzir o verso em sua essência,

bebendo na fonte da inspiração,

é interpretar palavras colhidas

suspiradas, emeranhadas... Que contra-mão!

Fabiana Gusmão
Enviado por Fabiana Gusmão em 30/12/2011
Código do texto: T3414812