Pedaços de amor de Vinícios, Camões, Castro Alves e Agusto dos Anjos

Não há, neste mundo, no amor, “Final Feliz”.

“Para Sempre” é o lugar-comum da ilusão.

Mesmo “que seja infinito enquanto dure”,

Limita-se pela ‘morte ou solidão’.

“Até que a morte os separe”( i.e, que perdure...),

O “fogo que arde sem se ver”, deve-se saber,

Que ele é algo que “se ganha em se perder”.

E no amor romântico, meio casto, de Castro:

“Por isso eu te amo, querida quer no

Prazer, quer na dor,...Rosa! Canto! Sombra!

Estrela! Do Gondoleiro do amor”, na alfombra,

Desejo ardentemente teu corpo nu.

Houvir Augusto sobre o amor dá susto:

“Falas de amor, e eu ouço tudo e calo

O amor na Humanidade é uma mentira.

E é por isto que na minha lira

De amores fúteis poucas vezes falo.

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Pois é mister que, para o amor sagrado,

O mundo fique imaterializado

— Alavanca desviada do seu fulcro —

E haja só amizade verdadeira

Duma caveira para outra caveira,

Do meu sepulcro para o teu sepulcro!"

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 30/12/2011
Reeditado em 08/01/2012
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