Pedaços de amor de Vinícios, Camões, Castro Alves e Agusto dos Anjos
Não há, neste mundo, no amor, “Final Feliz”.
“Para Sempre” é o lugar-comum da ilusão.
Mesmo “que seja infinito enquanto dure”,
Limita-se pela ‘morte ou solidão’.
“Até que a morte os separe”( i.e, que perdure...),
O “fogo que arde sem se ver”, deve-se saber,
Que ele é algo que “se ganha em se perder”.
E no amor romântico, meio casto, de Castro:
“Por isso eu te amo, querida quer no
Prazer, quer na dor,...Rosa! Canto! Sombra!
Estrela! Do Gondoleiro do amor”, na alfombra,
Desejo ardentemente teu corpo nu.
Houvir Augusto sobre o amor dá susto:
“Falas de amor, e eu ouço tudo e calo
O amor na Humanidade é uma mentira.
E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
...........................................................
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro!"