Na argila poética, as minhas reflexões sobre a ciência dos cuidados[1]
Onã Silva[2]
A necessária ressignificação
Tal qual a argila pelo oleiro trabalhada
Criada, re-criada, em constante transformação.
Em roda, praticando a dialogicidade
Doravante, em constante análise e pensar,
Sobre a vida, o mundo, a profissão,
Sobre o processo aprender e ensinar
Sobre a práxis refletida, em dialética.
Dias de construção da minha essência
Dias de reflexão sobre a transcendência
Da prática Enfermagem e o mundo da ciência.
Vivencio neste caminho de construção
O processo também de desconstrução
Que precisa dos seguintes elementos:
Argila, água, cuidado, emoção.
Muito se desvelou nas minhas memórias
Canal aberto para aprender a aprender:
Sobre Filosofia, constructos e ciência,
Saberes, práticas e conceitos a rever.
Epistemologia? Eu tenho que entender
E também algumas diferenças:
Cuidado, cuidados e assistência.
Figuras relacionadas à argila originam-se das minhas mãos
Pelo significado da mesma nesta aprendizagem
Quando Ayres fala sobre cuidado e reconstrução
Concordo, plenamente com a comparação:
O Ser é tal qual a argila que antes da modelagem
Precisa atravessar o rio atrás da sua identidade
Durante a vida, seu eterno processo de construção.
Por isso, vou vivendo e construindo os meus dias
Na relação eu-tu, mix de diálogo e alteridade
Com minha família, meus pares, professores
E uma diversidade de irmãos e atores.
Hoje quero ser cuidada das minhas dores
Quero também produzir cuidado de enfermagem
Usando a ciência-arte e muita subjetividade
Moldando o meu self na argila, com criatividade.
Busco a minha essência, no horizonte, eterna viagem,
Busco infinitas possibilidades e muitas cores
“Para não dizer que não falei das flores”
Onã Silva[2]
Ano novo me chamando para reflexão
A necessária ressignificação
Tal qual a argila pelo oleiro trabalhada
Criada, re-criada, em constante transformação.
Em roda, praticando a dialogicidade
Doravante, em constante análise e pensar,
Sobre a vida, o mundo, a profissão,
Sobre o processo aprender e ensinar
Sobre a práxis refletida, em dialética.
Dias de construção da minha essência
Dias de reflexão sobre a transcendência
Da prática Enfermagem e o mundo da ciência.
Vivencio neste caminho de construção
O processo também de desconstrução
Que precisa dos seguintes elementos:
Argila, água, cuidado, emoção.
Muito se desvelou nas minhas memórias
Canal aberto para aprender a aprender:
Sobre Filosofia, constructos e ciência,
Saberes, práticas e conceitos a rever.
Epistemologia? Eu tenho que entender
E também algumas diferenças:
Cuidado, cuidados e assistência.
Figuras relacionadas à argila originam-se das minhas mãos
Pelo significado da mesma nesta aprendizagem
Quando Ayres fala sobre cuidado e reconstrução
Concordo, plenamente com a comparação:
O Ser é tal qual a argila que antes da modelagem
Precisa atravessar o rio atrás da sua identidade
Durante a vida, seu eterno processo de construção.
Por isso, vou vivendo e construindo os meus dias
Na relação eu-tu, mix de diálogo e alteridade
Com minha família, meus pares, professores
E uma diversidade de irmãos e atores.
Hoje quero ser cuidada das minhas dores
Quero também produzir cuidado de enfermagem
Usando a ciência-arte e muita subjetividade
Moldando o meu self na argila, com criatividade.
Busco a minha essência, no horizonte, eterna viagem,
Busco infinitas possibilidades e muitas cores
“Para não dizer que não falei das flores”
[1] A inspiração para este poema emergiu de estudos e reflexões da disciplina “Cuidado de enfermagem no processo do desenvolvimento humano” (PPGENF, Universidade de Brasília/UnB)
[2] Enfermeira, arte-educadora, mestre em educação, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem, PPGENF/UnB