A velha amurada de cimento
As águas do rio da minha história
Soluçam silenciosamente
As ondas mansamente
Dizem ao vento
Sobre a noite que já vem
As águas do rio perguntam
Se a lua virá
E por quanto tempo
O luar pintará uma estrada d’ouro
As águas do rio conversam com a cidade em movimento
Acariciando e molhando
Rebatizam a velha amurada de cimento