Olhos Insanos

Dos anéis do mais infame dos magos

À triste alquimia mordaz dos teus sonhos

Cambaleando ferido o sórdido anfitrião

Carrega aberta a chaga do amor tal coração

Brinquedo do joguete de ilusões

Coadjuvante das suas próprias emoções

Restando o fruto podre da realidade e os temores

Do epílogo cruel do seu teatro de horrores

Segue sua estrela de corpo e alma um pierrô

Sorrindo teu triste invólucro carnal ante o amor

Que na alma deveria ninho ter feito

Na horrenda agonia dos crimes imperfeitos

Que paralelas como tuas coxas seguem nossas vidas

Congeladas no tempo-espaço com as anilhas

Da masmorra lamacenta dos finais

Inencontrável entre os pontos cardiais

Salve! oh Alves poros salgados do suor

Do pesadelo real de que pode ser pior

Que as velas que faltam na noite tempestuosa

E o anuncio do crepúsculo turquesa e cor-de-rosa

Que a maldade nos teus olhos é fascínio

Enquanto fria bebes do vinho a ouvir os sinos

E a madrugada oferece a mão amiga

De quem o amanhã de manhã lhe propõe como saída...

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 27/12/2011
Código do texto: T3409136
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