Olhos Insanos
Dos anéis do mais infame dos magos
À triste alquimia mordaz dos teus sonhos
Cambaleando ferido o sórdido anfitrião
Carrega aberta a chaga do amor tal coração
Brinquedo do joguete de ilusões
Coadjuvante das suas próprias emoções
Restando o fruto podre da realidade e os temores
Do epílogo cruel do seu teatro de horrores
Segue sua estrela de corpo e alma um pierrô
Sorrindo teu triste invólucro carnal ante o amor
Que na alma deveria ninho ter feito
Na horrenda agonia dos crimes imperfeitos
Que paralelas como tuas coxas seguem nossas vidas
Congeladas no tempo-espaço com as anilhas
Da masmorra lamacenta dos finais
Inencontrável entre os pontos cardiais
Salve! oh Alves poros salgados do suor
Do pesadelo real de que pode ser pior
Que as velas que faltam na noite tempestuosa
E o anuncio do crepúsculo turquesa e cor-de-rosa
Que a maldade nos teus olhos é fascínio
Enquanto fria bebes do vinho a ouvir os sinos
E a madrugada oferece a mão amiga
De quem o amanhã de manhã lhe propõe como saída...