Poesia?
Onde?
Se nasceu,morreu...
Ou se esconde?
E eu morro cada dia um pouco mais
Na poesia abortada quando surge a dor
A vida é dor,amar é dor, é cansaço viver!
Sonhar? Ficou no passado.De tanto sonhar esqueci de viver!
E agora a vida piscou em um flash,um relâmpago veloz.
As três estações já terminaram,estou sentindo o frio do inverno...
E outra primavera é tão incerta...O cumprimento do tempo.
Tão curto,tão veloz em ser passante.
Eu apenas errante,caminhando em rumo incerto
Caminhos tortuosos e tortos,em descompasso.
Erros e desacertos,defeitos sem conserto.
A morte do amor,de mim,sim de mim!
Deixe-me só a mastigar meus horrores
A vida é feita disso, sobretudo.
Não venha me dizer que viver é doce...
Que o amor é sublime...
Que vale amar...
Não diga nada,por favor...
Meus castelos todos ruíram
Meus barcos rasguei-os todos!
Meus sonhos bruma,o vento desfez.
E para tudo em mim,passou-se a vez!
Não há mais tempo
Para o que outrora eu chamava de amor,
Não há mais tempo para o que eu chamava de sonho...
Não há mais tempo!
Nenhuma urgência,ou espera.
Simplesmente esgotou-se o tempo.
Não há mais espaço para nada.
Fim da história!