Poesia?

Onde?

Se nasceu,morreu...

Ou se esconde?

E eu morro cada dia um pouco mais

Na poesia abortada quando surge a dor

A vida é dor,amar é dor, é cansaço viver!

Sonhar? Ficou no passado.De tanto sonhar esqueci de viver!

E agora a vida piscou em um flash,um relâmpago veloz.

As três estações já terminaram,estou sentindo o frio do inverno...

E outra primavera é tão incerta...O cumprimento do tempo.

Tão curto,tão veloz em ser passante.

Eu apenas errante,caminhando em rumo incerto

Caminhos tortuosos e tortos,em descompasso.

Erros e desacertos,defeitos sem conserto.

A morte do amor,de mim,sim de mim!

Deixe-me só a mastigar meus horrores

A vida é feita disso, sobretudo.

Não venha me dizer que viver é doce...

Que o amor é sublime...

Que vale amar...

Não diga nada,por favor...

Meus castelos todos ruíram

Meus barcos rasguei-os todos!

Meus sonhos bruma,o vento desfez.

E para tudo em mim,passou-se a vez!

Não há mais tempo

Para o que outrora eu chamava de amor,

Não há mais tempo para o que eu chamava de sonho...

Não há mais tempo!

Nenhuma urgência,ou espera.

Simplesmente esgotou-se o tempo.

Não há mais espaço para nada.

Fim da história!

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 27/12/2011
Código do texto: T3408489
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