mim

já dediquei muitos poemas

aos amigos que tanto amo.

hoje que dedicar este a mim.

incertezas, confusão, delírio

é o que compõe meu estado

de espírito. alegria, solidão,

desarmonia, amor, desamor,

sensibilidade, intelectualidade,

afã, prisão e liberdade também.

dedico isto que chamo tão mal

expresso de poema moderno a

uma pessoa que não entende o

que significa as relações de afetos

recíprocos efetivimente, que não

entende o porquê de tanto, tanto

desafeto do homem para com o

o homem, que não suporta nem

entende a comum falta de tudo

que tanto padece a humanidade,

que não escreve coisa com coisa,

que é emocionalmente masoquista,

que precisa aprender a viver e a

entender o quebra-cabeça que é

a tão agredoce expeciência que

comumente, desavisadamente,

chamamos de expeciência de vida,

que sonha em sonhar um sonho,

que ama sem saber amar, que não

aceita as convenções impostas por

alguns poucos: João Paulo Rodrigues.

Jhonny Rodrigues
Enviado por Jhonny Rodrigues em 27/12/2011
Reeditado em 11/01/2012
Código do texto: T3408457