FRAÇÃO MAGNÉTICA
Na ponta da língua
move-se um morfema
e uma palavra míngua
liquefaz o lexema,
borra a borda bordada
da túnica inconsútil, onde o edema
deixa da letra da vida uma golfada na escada,
entre uma quadra obscura e o corredor do nada.
Mas a minha frase é livre a qualquer meta.
Incerta a poesia,
ela é uma fantasia
que às vezes contraria o poeta.
Minha oração, insubordinada,
é uma fração magnética,
uma coordenada assindética.
Por isso, tenho comigo
que o pior inimigo
é o ex-"amigo"
a quem eu digo:
Não! Não faço parte desse esquema!
Minha pena aponta apenas um poema.
Amigo é um aliado admirável,
que o olhar diz muito mais do que o escrever.
Inimigo é um oponente respeitável
a quem nunca se deve responder.
Na ponta da língua
move-se um morfema
e uma palavra míngua
liquefaz o lexema,
borra a borda bordada
da túnica inconsútil, onde o edema
deixa da letra da vida uma golfada na escada,
entre uma quadra obscura e o corredor do nada.
Mas a minha frase é livre a qualquer meta.
Incerta a poesia,
ela é uma fantasia
que às vezes contraria o poeta.
Minha oração, insubordinada,
é uma fração magnética,
uma coordenada assindética.
Por isso, tenho comigo
que o pior inimigo
é o ex-"amigo"
a quem eu digo:
Não! Não faço parte desse esquema!
Minha pena aponta apenas um poema.
Amigo é um aliado admirável,
que o olhar diz muito mais do que o escrever.
Inimigo é um oponente respeitável
a quem nunca se deve responder.