Todas as águas inopinadamente se aquietaram
Os lugares estão vazios
Não há mais das cigarras os cicios
Todas as águas inopinadamente se aquietaram
Nos galhos das árvores o vento
Não promove estalos
Não conduz a ave o navio
Tudo é objetivo e frio
O cais é tão somente um espaço soturno
Calou-se de vez o noturno
As vozes soam fantasmagóricas
De repente as paredes ficaram feias
Pelos cantos aranhas tecem teias
Dormir é apenas descansar