Todas as águas inopinadamente se aquietaram

Os lugares estão vazios

Não há mais das cigarras os cicios

Todas as águas inopinadamente se aquietaram

Nos galhos das árvores o vento

Não promove estalos

Não conduz a ave o navio

Tudo é objetivo e frio

O cais é tão somente um espaço soturno

Calou-se de vez o noturno

As vozes soam fantasmagóricas

De repente as paredes ficaram feias

Pelos cantos aranhas tecem teias

Dormir é apenas descansar

taniameneses
Enviado por taniameneses em 25/12/2011
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