Percalços

Olhei ao redor e não vi horizonte

enxuguei com o dedo o suor da testa

continuei a subir o monte

e molhar de suor minha roupa modesta

cruzei avenidas, passei pela ponte

mesmo ao saber que não tinha festa

que ao fim da jornada estaria defronte

a realidade que me molesta

por onde eu ande a quem me aponte

há muita gente que me detesta

e por mais que haja quem me afronte

ainda encontro quem me atesta

por mais que ao caminho um ponteiro desponte

hei de seguir aparando aresta

por mais maldades que alguém me apronte

e a refeição seja indigesta

que não me deixem beber da fonte

e só ver a luz através da fresta

eu não serei mais um rodamonte

ou bizarrice que aqui se gesta

Demá
Enviado por Demá em 24/12/2011
Código do texto: T3404699
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.