Viva Rápido...Morra Jovem!

Idéias vem a mil e pensamentos chovem

Grito alto o que o The Who diz:

“É melhor morrer jovem

Do que ser um velho infeliz!”

Não quero ver os dias passarem

Acorrentado a uma esteira

Vou ser livre por qualquer maneira

Até quando meus ossos agüentarem.

Faço tudo o que puder

Pra encurtar minha vida

Dê-me tudo o que tiver

Rockeira atrevida.

O amanhecer é a ultima primeira vez

Do meu protelado começo

Quando o sol chegar vou ver mais um recomeço

Pra fazer de novo o que Lemmy,meu mestre,sempre fez.

Alcoolizado e meio surdo num estado de lamentar

Tão grogue que nem consigo levantar

Durmo na rua em meio a gênios mendigos

Esses caras é que são verdadeiros amigos.

Meu violão de duas cordas é suficiente

Pra tocar o true rock n roll

Que enlouquece a minha gente

E faz o maluco da páscoa e o tio Noel gritarem “io-ho!”

Vivendo a vida show após show

Seguindo por um caminho

Só mas nunca sozinho

Agindo como Ozzy me ensinou

A vida é como um pacote de balas

Como tudo de uma vez só

Dane-se a saúde,não tenho dó

Espero que um arroto e um putz sejam minhas ultimas palavras

Não me cobrem qualquer responsabilidade

Porque qualquer um da minha idade

Só pensa em rock e putaria.

Sem isso,nada o mundo valeria

Acredito apenas no único conselho que minha mãe me deu

“-Filho querido,seja um homem simples e honesto

Aproveite tudo o que for bom e esqueça o resto

Assim tudo o que precise já será seu”

Eu vejo o mundo girar

Como nas voltas de um LP

Mundo este que meu pai me ensinou a amar

Quando ainda era um bebê

Em meu corpo,diversas tatuagens

Para cada momento as fiz homenagens

Até a rosa vermelha que o amor quis tatuar

Que mesmo sem espinhos continua a me machucar

Ela murchou e outra veio

A paixão nunca fora um receio

Que dure pra sempre ou apenas um segundo

Não importa se foi raso ou profundo

Todos guardam um livro de recordações

Mas em que páginas estão

Se abandonaram o sonho pela ilusão?

Não acordarei pra viver suas decepções.

Vivendo no limite da adrenalina

Braços e pernas casualmente quebrados

Limites invisíveis a serem desafiados

Nada que uma enfermeira não possa curar com morfina

Quem diz que não importa o amanhã

É um covarde fudido

Que prefere ser um escroto iludido

A ter que encarar o brilho de cada manhã

E eu,eu não tenho pressa

Sou apenas uma pequena peça

De um grandioso recital

Que todas as noites me torna imortal

Pra felicidade não existe hora

Do palco apenas o grito:É AGORA!

Três minutos,cabelos esvoaçantes

Quando a vida inteira dura apenas alguns instantes!

Paul Necromansy
Enviado por Paul Necromansy em 23/12/2011
Código do texto: T3403631
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