Eclipse

 
Vestida de eclipse
ela derrete,
escorre como chuva,
atira-se ao vento,
cavalgando a vida
ela é escuridão,
entre a multidão
ela é alma viva,
as vezes mortal,
a verter dos lábios
o veneno desejoso,
insano, doloroso
em túmulo sepulcral,
a regozijar-se da morte,
outras, mulher fatal
dona d’um olhar letal
a sorrir da falta de sorte,
contemplando o dia,
vivendo da noite,
de raios e trovões,
bendita,
maldita,
turbilhão de sensações.






 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 22/12/2011
Código do texto: T3401529
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