Aos Deuses do Olímpo

Peço-lhes,

Imploro em um arquejo que me ouçam;

Oh! Grandes Deuses do Olímpo.

Para que arranque dessa reles mortal

esse sentimento esquisito

que até então era desconhecido.

Não sei ao certo o que é...

Pode ser tudo, menos o sentimento predestinado por Afrodite.

Amor do qual vocês me deram a honra de senti-lo.

Este é fogo,

volúpia,

é tudo o que não tenho,

o que quero e desejo...

Oh! Eros,

foste tu,

quem desprendeu-me da consciência.

Mesmo tendo essa realidade incerta e tão mundana,

tento me abster de teus laços imortais

e por que não dizer, tão malignos.

Diz-me, porque me escolhestes?

Eu tão pequena, ingênua e iniciante em tuas veredas.

Logo eu que pensava que me conhecia,

e até mesmo me racionava emoções que provem de certas fraquezas.

Hoje descubro que meus instintos são fortes, mas se segui-los,

o único caminho que trilharei será o da perdição e da involução animalesca.

Tende de piedade de mim;

Oh! Grandes Deuses do Olímpo,

eu que nem acredito em vós.

Apenas recorro, pois parece-me concreto nesse último ato de devaneio,

para quem se pedir algo quase impossível, quase uma lira.

Peço-lhes que ordenem para aquele homem,

que me devolva a paz,

para que me devolva a razão...

***

Ranyelle Augusta
Enviado por Ranyelle Augusta em 22/12/2011
Reeditado em 22/12/2011
Código do texto: T3401116
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