Tinha o que ainda seria poesia
E era só o que seria e só o que tinha
E se mantinha insistentemente distante
Dos olhos, talvez das mãos, dos passos
Ou dessa tão tola ambição de atingir,
Quando chegar é só outro modo de partir
E quando partir é só um modo absurdo de ficar
E é só o que era e sempre foi e sempre seria...
 
Tudo leva ao fato de ser errante,
Tudo erra no fato de ser distante,
Ou se perde pelo caminho, sozinho
Sem saber partir e sem saber ficar.
E não ter como ir, nem para onde ir é como cair
E cair é como não saber mais caminhar...
Levanta-te e anda!
Anda e vai! Sai da tua guerra e tua terra
E deixa tudo o que morre para trás.
 
A vida é sempre mais lá adiante
E o de antes não é vida mais...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 21/12/2011
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T3400228
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