Allyne
Olha, cansei de teu riso perfeitinho,
o bonitinho dito em teu incomum olhar,
cansei de teu não, àquilo que minh`alma gosta,
que parece cansar teu impercebível poetar...
Olha, as vezes cantiga de roda é minha poesia,
rastros de fantasia, cantada em cordéis,
minha cara, desculpe estas alegorias,
nada presta parece, ao teus brilhantes anéis...
Talvez eu tenha vindo de um lugar distante,
plantando o viço, nas letras minhas,
poeta é assim, eco de si, um tom destoante,
dizendo o belo, à inteligencias mesquinhas...
Então basta a ti tua existencia, vazio astrolábio,
que igonora a lua, o sol, o brilho de alguém,
que a beleza poética não vê, mas se vê um sábio,
no céu da soberba de onde sua alma vem.
Malgaxe