MAS QUE FRIO!

Está um gelo lá fora que arrepia a nossa mente

Regela a alma e o corpo que não se pode desnudar

Preciso de ter um cantinho para me abrigar

E onde possa sentir o aconchego da lareira, assim quente.

Que frio desnorteante que a natureza trouxe neste dia

Até o coração nos seus impulsos, bate mais lento

E as árvores sussurram com o baloiçar do vento

Porque despidas também elas sentem a agonia.

Que sofreguidão, que incerteza em cada olhar

Pois na rua não se está capaz sequer de caminhar

Que o frio é tanto, mas tanto que me deixa quase louco

E para fugir dele só mesmo o calor dos teus anseios

E a chaminé em chama para me cobrires de galanteios

Ainda que sendo muito, saberá… sempre a tão pouco!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 19/12/2011
Código do texto: T3396326
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