MAS QUE FRIO!
Está um gelo lá fora que arrepia a nossa mente
Regela a alma e o corpo que não se pode desnudar
Preciso de ter um cantinho para me abrigar
E onde possa sentir o aconchego da lareira, assim quente.
Que frio desnorteante que a natureza trouxe neste dia
Até o coração nos seus impulsos, bate mais lento
E as árvores sussurram com o baloiçar do vento
Porque despidas também elas sentem a agonia.
Que sofreguidão, que incerteza em cada olhar
Pois na rua não se está capaz sequer de caminhar
Que o frio é tanto, mas tanto que me deixa quase louco
E para fugir dele só mesmo o calor dos teus anseios
E a chaminé em chama para me cobrires de galanteios
Ainda que sendo muito, saberá… sempre a tão pouco!