MARCAS DO TEMPO

MARCAS DO TEMPO

UM DIA DESSES, OLHANDO NO ESPELHO, VI QUE AS RUGAS APARECERAM. TEMIA VÊ-LAS, MAS CADA PEQUENO SULCO TEM UMA HISTÓRIA VIVIDA. HISTÓRIAS DE EMOÇÃO, AMOR DE LUTAS E INCERTEZAS. DIAS QUE TIVE QUE TER CORAGEM, DE ARROJOS E RECOMPENSAS. HORAS SOFRIDAS, SOLITÁRIAS E DE MELANCOLIA, MOMENTOS DE INJUSTIÇAS, ENFIM.

MUITAS FORAM AS NOITES QUE NÃO DORMI POR CONTA DAS EXPECTATIVAS, ÂNSIA OU ENLEVO.

HAVIA BUSCA NO PRESENTE, NO FUTURO OU RESPOSTAS NO PASSADO. TÉDIO E MEDOS EMBOTANDO OS PENSAMENTOS, MAS A MINHA FÉ CLAREAVA MEUS CAMINHOS, AJUDAVA A DIMINUIR MINHAS CULPAS PARA CONTINUAR A LUTA E VENCER AS BATALHAS, ONDE O BOM SENSO FALOU MAIS ALTO DO QUE A PRÓPRIA RAZÃO.

ENTÃO, RUGUINHAS, O QUE MAIS PRETEMDEM ME CONTAR? QUE SOU UMA PÉSSIMA VIAJANTE DO TEMPO, UMA PEREGRINA QUE TENTOU DE MUITAS MANEIRAS, SIMPLESMENTE VIVER, ACEITAR E SER ACEITA? UMA HEROÍNA SEM GALARDÕES, MAS DEFENSORA DA VERDADE E DA JUSTIÇA. ALGUÉM QUE NÃO FOI MUITO BEM COMPREENDIDA, MAS QUE TENTOU COMPREENDER ALÉM DOS SEUS LIMITES. UM PENSAMENTO QUE QUIS SER FORTE, PORÉM SEM SE IMPOR, MAS PARA CONQUISTAR A DIGNIDADE.

ENTÃO, RUGUINHAS, NADA MAIS A DIZER, CALO MINHAS VOZES INTERIORES PARA DAR PASSAGEM AOS ANOS QUE AINDA VOU VIVER.

JANINE DA PALHOÇA
Enviado por JANINE DA PALHOÇA em 18/12/2011
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